Crítica do Brasil a Israel gera impasse entre os dois países

“Estamos ofendidos e magoados”, Ministério das Relações Exteriores de Israel
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“Quando o Brasil nos vira as costas em nosso momento difícil, quando estamos sob um ataque de foguetes tão intensivo, é extremamente decepcionante. Estamos ofendidos e magoados. Talvez eu não tenha me expressado bem, ou minha declaração tenha sido editada ou cortada no meio. Proporcionalidade na lei internacional não é como no futebol, mas muitas pessoas cometem esse erro e pensam sobre guerras usando termos do futebol. No futebol, o resultado do jogo dá uma sensação de proporcionalidade. Mas guerra não é futebol, e a contagem de corpos não é um “placar”! Proporcionalidade, na lei internacional, significa usar meios proporcionais à ameaça militar concreta para removê-la. Nesse caso, os meios militares têm como alvo os foguetes do Hamas e atacar os túneis. Não tem nada a ver com futebol. Você vai encontrar alguns meios de comunicação muito respeitáveis que não chamam as ações de Israel de desproporcionais porque entendem a natureza da situação que estamos enfrentando e entendem de Direito Internacional”.

“O que eu queria transmitir é a sensação entre os israelenses de que um país que todos nós amamos e de quem temos grandes expectativas agora nos traiu. Todos os países amigos estão mostrando solidariedade a Israel nas últimas semanas, desde que o Hamas começou a disparar foguetes em Israel. Alguns embaixadores – França, Grã-Bretanha etc – estão fazendo visitas de solidariedade às comunidades fortemente atingidas por projéteis. E o que o Brasil faz? Chama seu embaixador. Do Brasil a gente sempre espera mais – porque é um grande país, e como eu disse: é um gigante econômico e cultural, que é enormemente apreciado em Israel. Mas no campo diplomático fez um movimento que, infelizmente, marginaliza a sua influência diplomática na região e o envia para a margem da diplomacia”.
“Nós aceitamos o plano de cessar-fogo egípcio e o aplicamos. Depois de algumas horas, o Hamas intensificou seus ataques e ficamos sem escolha a não ser retomar os ataques. Nós aceitamos duas tréguas humanitárias e que não foram respeitadas pelo Hamas. No momento estamos discutindo com o Egito e com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, outro plano. Continuamos intensivas negociações com os nossos parceiros para encontrar uma maneira de implementar um cessar-fogo de longo prazo e continuamos a apoiar o plano egípcio, que tem grande apoio internacional. Este é um plano que esperamos que todos os nossos amigos – incluindo o Brasil – apoiem. Acredito que o Brasil possa ter um papel fundamental na promoção da reconciliação e reaproximação entre israelenses e palestinos. Há muitas opções para fomentar atividades que promovam compreensão e cooperação. Esperemos que, com movimentos audaciosos para a paz, o Brasil possa se tornar em nossa região o gigante diplomático que merece ser”.
Declarações de Yigal Palmor, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel

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